Conversa com Alessio Mazzaro - Ouvindo em espaço urbano, vozes gravadas

O NuSom convida para uma
Conversa com Alessio Mazzaro:
Ouvindo em espaço urbano, vozes gravadas

Segunda-feira, 20 de março de 2023, 14h
Sala 12 do Departamento de Música da USP
Transmissão simultânea pelo canal do NuSom no Youtube: https://youtube.com/live/zHPOvnD3ANo?feature=share

Ouvindo em espaço urbano, vozes gravadas:

A apresentação aborda o uso da voz gravada, a escuta como um ativador de histórias e as instalações sonoras em espaço urbano na prática do artista Alessio Mazzaro. Partindo do primeiro trabalho sonoro onde Mazzaro usou a voz, Un lavoro per camporovere (2014), a apresentação então se concentra em trabalhos nascidos da pesquisa feita em São Pauolo (2019-2022) sobre práticas de urbanismo participativo e como os cidadãos sonham com o futuro da cidade.
Em Un lavoro per Camporovere, a escuta de uma instalação sonora –composta por testemunhos – reúne as duas metades de uma pequena vila italiana dividida por um incêndio nazista em 1944 e ajuda os cidadãos a criar uma nova narrativa coletiva do evento.
Em Oficina de contação de histórias sobre o espaço urbano e no espaço urbano Mazzaro inicia uma colaboração com alguns integrantes do coletivo Bom Retiro é o Mundo. Ele provoca, escuta e grava seus desejos para o futuro do Bom Retiro e depois as respostas são trazidas pelo bairro usando uma bicicleta com alto-falante para ampliar essa conversa com os transeuntes na rua.
Por fim, em Augurio (Perguntas para a cidade se São Paulo fosse uma pessoa), enquanto um alto-falante no topo do Edifício Copan transmite a voz da artista lendo as perguntas que várias pessoas fariam à cidade se ela pudesse respondê-las, o público é convidado a subir ao 35º andar e ouvir a instalação e a cidade.

Bio:
Alessio Mazzaro (Itália, 1985) é artista e engenheiro ambiental, interessado em formas participativas e não hierárquicas de produção de conhecimento, a escuta como um ativador de histórias, as instalações sonoras em espaço público e o que podemos alcançar por meio da iteração oral. Através de uma abordagem híbrida entre performance, estudos sonoros e antropologia linguística, ele usa sua prática como laboratório para contribuir e questionar com o público como podemos viver e narrar juntos. Mazzaro coreografa experiências e cria espaços para conversas coletivas, e depois editar as gravações do que é dito em novas obras que incentivam os ouvintes a compartilhar novas contribuições, em uma relação dialógica contínua entre o momento performativo e sua documentação poética. Sua última pesquisa, Urbanismo imaginário (2019-2022), focou nos sonhos dos paulistanos para São Paulo e como a cidade estava mudando o artista. Recebeu as bolsas Italian Council (2021) e ECF Courageous Citizens (2018) e foi artista residente na Cité internationale des Arts (Paris), Pivô Pesquisa e Residência Artística Faap. Seus trabalhos já foram apresentados na Pivô e Casa do Povo; La Colonie e Galerie de la Cité internationale des arts (Paris); Eastern Bloc e Musée du Montréal Juif (Montreal); LADA e Tate Modern (Londres) entre outros.

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Artigo sobre a prática sonora do artista e a sua utilização na resolução de problemas narrativos e no diálogo entre comunidades:
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/13527258.2022.2131875